A desembargadora Maria do Socorro, ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), presa na Operação Joias da Coroa, enviou recados ao Ministério Público Federal (MPF) de que pode delatar.
A informação foi publicada pela coluna Radar, da Revista Veja nesta sexta-feira (31). A operação foi um desdobramento da Operação Faroeste.
Em dezembro de 2019, o Bahia Notícias já havia sinalizado a possibilidade de Socorro fazer uma delação premiada diante da contratação do advogado André Luís Callegari, especialista em delação premiada e lavagem de dinheiro. A desembargadora é investigada por suposta participação em um esquema de vendas de sentenças na Corte envolvendo terras no oeste baiano.
O ministro do STJ Og Fernandes decretou a prisão preventiva dela depois que a Procuradoria-Geral da República obteve informações de que Socorro tentou se comunicar com servidores do gabinete para destruir provas. De acordo com a investigação, a desembargadora tem obras de arte dignas de um museu e pode ter usado joias e arte para ocultar bens. Também há rumores de que mais pessoas envolvidas no esquema possam fazer delação.