quarta-feira 26 de fevereiro de 2025
Wellington Dias (PT-PI) vai assumir ministério do Desenvolvimento Social  Foto: Roque de Sá/Agência Senado
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quarta-feira 26 de fevereiro de 2025 às 16:13h

Derretimento de Lula no Nordeste coloca Wellington Dias novamente na frigideira

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O derretimento do governo Lula até mesmo em Estados do Nordeste, mostrado pela pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (26) colocou novamente na frigideira o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. O levantamento apontou queda de 18 pontos na aprovação da gestão petista na Bahia e de 17 pontos em Pernambuco, duas das maiores bases eleitorais do PT e que com alta taxa de cadastro no Bolsa Família, programa que fica sob o guarda-chuva do ministério.

Há uma avaliação segundo Iander Porcella, do Estadão, de que o governo não conseguiu encontrar uma marca na área social. O Bolsa Família, por exemplo, que foi o grande símbolo das gestões anteriores de Lula, já foi absorvido pela população como um direito adquirido e gera poucos dividendos atualmente para o presidente. A falta de novidade na gestão petista torna ainda mais grave um quadro de insatisfação com a alta dos preços dos alimentos. “Decisões sobre equipe cabem ao presidente. Lembro apenas que a maior pesquisa, a maior aprovação continua sendo nas políticas para os mais pobres”, disse Dias à Coluna do Estadão.

Para piorar a situação do ministro, ele se envolveu recentemente em duas polêmica que deram dor de cabeça para o Palácio do Planalto. Neste mês, chegou a citar um possível aumento no valor do Bolsa Família e acabou desmentido pela Casa Civil. Em setembro do ano passado, em entrevista à Coluna do Estadão, afirmou que governo federal avaliava mudar o titularidade do Bolsa Família caso houvesse tentativa de usar o dinheiro do programa social em bets. Na reforma ministerial de 2023, que selou a entrada do Centrão no governo, Dias também ficou ameaçado no cargo.

Para o lugar do ministro no Desenvolvimento Social, foram cotados recentemente a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o líder do PSD na Câmara, Antonio Brito (BA). A tendência, contudo, é que a petista assuma uma pasta no Palácio do Planalto. Já o deputado, poderia desagradar a uma ala da bancada se aceitasse o cargo. Além disso, Gilberto Kassab, presidente do PSD, tem se afastado do governo federal.

Se Dias saísse do ministério, voltaria a exercer o mandato de senador. Uma ala do governo defende que, nesse caso, poderia haver o seguinte arranjo: ele assumiria a liderança do governo no Senado no lugar de Jaques Wagner (PT-BA), que iria para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), cargo vago após Padilha ser indicado para a Saúde. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), contudo, também é cotado para a SRI.

Vitrine única

O diagnóstico de aliados é de que “se segura” no Pé-de-Meia – programa do Ministério da Educação que funciona como uma espécie de poupança para estudantes do ensino médio na rede pública – para mostrar algum resultado da gestão, mas precisa urgentemente de marcas na área social e na Saúde, onde Lula trocou Nísia Trindade por Alexandre Padilha.

Lideranças da base governista no Congresso que analisaram a fala de Lula em rede nacional de rádio e TV na segunda-feira, 24, dizem que o pronunciamento só deixou mais evidente que a gestão petista só tem o Pé-de-Meia para usar como vitrine. Em seu discurso, o presidente da República anuncio o início dos pagamentos do programa e confirmou a gratuidade dos 41 medicamentos do Farmácia Popular.

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