Os deputados estaduais aprovaram, nesta última quinta-feira (27), por unanimidade, a criação da Companhia Baiana de Insulina (Bahiainsulina), que integrará a estrutura da administração pública indireta, vinculada à Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Os deputados do PCdoB-Bahia votaram a favor da matéria e comemoram a aprovação, o que pode significar o fortalecimento da assistência às pessoas com diabetes no estado e no país.
O líder da bancada do PCdoB na Assembleia Legislativa do Estado (AL-BA), deputado Fabrício Falcão, garantiu que a Bahiainsulina representa uma grande conquista para os baianos e brasileiros. “[A aprovação da criação da Companhia] É um grande passo do nosso estado e um grande avanço para o Brasil”, disse.
O relator da proposta na AL-BA foi o deputado comunista Bobô, que defendeu com muito entusiasmo a criação e instalação da Companhia, pois ela será, segundo ele, uma empresa baiana a serviço do Brasil. “Ela vai industrializar formulações insulínicas, incluindo seus insumos farmacêuticos e produtos relacionados ao uso e à aplicação de tais formulações objetivando uma eficaz forma de efetivar o controle e monitoramento do diabetes”, afirmou.
Bobô ainda reforça que a iniciativa vai colocar a Bahia em destaque no cenário nacional, além de gerar empregos aqui, sua importância vai além do nosso estado, ajudando milhões de brasileiros.
Para a deputada Olívia Santana, a ação já pode ser considerada histórica. “Apenas quatro grandes empresas no mundo controlam a produção da insulina. Pelo projeto que aprovamos hoje, o Brasil terá capacidade de síntese, produção e distribuição de insulina”, argumentou.
Olívia ainda defendeu que, na saúde, a transferência de tecnologia é fundamental “para nos tornamos independentes das empresas estrangeiras, que estão mais interessadas no lucro do que na preservação democrática de todas as vidas humanas”.
A proposta agora segue para a sanção pelo governador Rui Costa. Se efetivada, a Companhia Baiana de Insulina será a primeira fábrica de insulina do hemisfério Sul do planeta, com um investimento estimado em R$ 200 milhões, sendo 100% subsidiada pela iniciativa privada.