Um grupo de deputados Bolsonaristas “invadiu” a reunião de lideranças do Congresso, na tarde desta terça-feira (18), para pressionar o presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pela instauração da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que pode investigar os atos antidemocráticos do 8 de janeiro. O encontro discutia a sessão conjunta entre senadores e deputados que estava marcada para hoje, mas foi adiada para o dia 26.
A sessão no Congresso Nacional iria analisar 26 vetos presidenciais, três Projetos de Lei (PLN), incluindo o que garantiria o pagamento do piso nacional da enfermagem, e a instalação da CPMI. No entanto, a decisão de Pacheco atende ao pedido de parlamentares aliados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pedem mais tempo para aprimorar o mecanismo que viabilize o pagamento dos profissionais da saúde.
Já a oposição afirma que essa obstrução é uma estratégia dos aliados do governo para tentar negociar a retirada de assinaturas da CPMI. A tese dos bolsonaristas é de que o governo estaria com medo de uma investigação, devido a uma suposta omissão durante a invasão às sedes dos três poderes.
Para que a sessão conjunta ocorra, é necessário o mínimo de 85 deputados no plenário do Congresso, número que, segundo os parlamentares registravam nas redes sociais, chegou a passar de 145 pessoas.