A renúncia do deputado federal Jean Wyllys anunciada nesta quarta-feira (24), gerou polêmica entre os deputados federais eleitos pela Bahia. A senadora e deputada eleita Lidice da Mata (PSB) lamentou a saída do parlamentar do cenário político e classificou como uma ameaça à democracia.
Conforme ela, a “democracia está acuada e o presidente da República e seus filhos atacam a Constituição Federal todos os dias quando fazem menções à tortura e atacam os direitos humanos e sociais”. Lídice afirmou ainda que o estilo combativo do deputado, que nasceu em Alagoinhas na Bahia, fará falta na Câmara. “Jean tem sido constantemente ameaçado e corria riscos. Até hoje não solucionaram o assassinato de Marielle Franco é essa impunidade encoraja os criminosos e sufoca cada vez mais a democracia”, afirmou.
Já o pastor e deputado federal eleito, Abílio Santana (PHS), adversário político de Jean, classificou a renúncia como fruto do resultado das urnas, já que o parlamentar teve uma votação inferior à que teve na penúltima eleição. “Os argumentos dele não justificam à renúncia, deve ter mais coisas ai. Acredito que tenha sido a própria decepção com a votação no último pleito. Um deputado que teve mais de 100 mil votos na eleição passada e agora pouco mais de 24 mil é uma queda gritante. Ele viu que foi rejeitado, graças a um mandato horrível dele”, disse.
Abílio afirmou ainda que Jean representa uma ameaça à família. “Ele que é uma ameaça para família tradicional, para ética e moral. É um favor que faz a família brasileira. O deputado citou também dois projetos de lei de autoria de Jean Wyllys, o PL 7270 /2014 que versa sobre a legalização e comercialização da Cannabis (maconha) e o projeto 4.211/2012 que regulamenta a atividade dos profissionais do sexo. “Uma pessoa que tem dois projetos como este não vai fazer falta no Brasil”, disparou.