O deputado estadual Manoel Rocha (União Brasil) apresentou projeto de resolução propondo a outorga da Comenda 2 de Julho a João Martins da Silva Junior, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) desde 2015. “Sua trajetória proporcionou o reconhecimento nacional, não somente do agronegócio, mas de outros setores empresariais”, disse o parlamentar ao justificar a iniciativa. Ele ressaltou que “a CNA é hoje uma instituição extremamente respeitada pelos produtores rurais e não há como não relacionar o status adquirido nos últimos anos por suas gestões”.
A presidência da CNA foi uma das muitas atividades associativas na qual João se destacou. A primeira das ações nessa área foi a criação de uma cooperativa de leite em Feira de Santana, vista por ele como embrião para a organização da cadeia produtiva. Além de fundador, foi o primeiro tesoureiro da Central de Cooperativas de Leite da Bahia (CCLB). Ainda na década de 1970, criou com outros pecuaristas a Associação Baiana de Pecuaristas (Abap), que depois teve o seu nome alterado para Associação Baiana de Criadores (Abac), tornando-se seu vice-presidente.
O envolvimento de João Martins da Silva Junior com o agronegócio se deu desde cedo. “É importante destacar que, aos 18 anos, já tinha presença marcante na empresa familiar. Com a capacidade inovadora, herança positiva paterna, se destacou como um dos grandes nomes da pecuária baiana, não somente pela posse de um grande número de açougues, mas por inovações logísticas importantes, como o transporte do gado vivo embarcado em navio no sul do estado, reduzindo o intervalo entre o abate e a distribuição das carnes entre os açougues. É fundador e presidente da Agropecuária João Martins S/A”, afirma o parlamentar.
Formado em Administração de Empresas pela Ufba, João Martins da Silva Junior foi ainda diretor e 1º vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Bahia (Senar/BA), e presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae Bahia. “Os desafios para a atividade representativa sindical mostravam-se crescentes, à medida que o agronegócio baiano mudava de status na matriz econômica do estado, sobretudo a partir da ampliação da fronteira agrícola no oeste baiano, extremo sul e na região da Chapada Diamantina”, conta Manoel. Por conta disso, João Martins deu prioridade para organizar representações sindicais municipais. “Como resultado do trabalho fortalecido durante a gestão à frente da Faeb, a Bahia possui, atualmente, uma rede com mais de 100 sindicatos rurais”, disse o autor da homenagem.