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segunda-feira 6 de janeiro de 2020 às 13:46h

Deputado quer posicionamento da AL-BA sobre ataque à imunidade parlamentar feito pela PM

POLÍTICA


Membro da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), além das Comissões Especial da Promoção da Igualdade e a da Educação, o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) afirmou que utilizará a convocação extraordinária do Poder Legislativo para denunciar e solicitar uma ação concreta da Mesa Diretora a respeito do ataque que sofreu em 2919, no dia 28 de dezembro, no exercício do mandato, “quando as famílias da Ocupação Nova Maria Felipa (Ribeira) foram atacadas de forma ilegal, covarde e violenta. A PM atacou mulheres, crianças e idosos e até um tiro foi desferido em minha direção e do estudante Douglas Matos, membro do Serviço de Apoio Jurídico da UFBA (SAJU) que presta assessoria ao movimento. Além disso, foi presa uma das lideranças do movimento, Victor Aicau. Considero que o ataque atinge não apenas a mim e sim ao Legislativo da Bahia”, afirma.

O parlamentar relata que “os sem teto, que ocupavam prédio do antigo Hospital Couto Maia, foram removidos na véspera do Natal numa ação desumana, ilegal e violenta do Governo do Estado, chefiado por Rui Costa (PT). Ocuparam então o Galpão da Navegação Baiana, localizado no fim de linha da Ribeira, na Cidade Baixa de Salvador, local abandonado há mais de 20 anos pelo Estado, e desafetado de qualquer finalidade pública, para não ficarem jogados nas ruas. Na madrugada do dia 28 de dezembro, em lugar de negociar, o governador escolheu usar poder militar contra famílias desarmadas e um parlamentar eleito democraticamente”.

Hilton Coelho avalia que teve sua imunidade parlamentar atingida. “A ALBA precisa se posicionar diante deste atentado ao Poder Legislativo. Exercer meu mandato não é crime para ser tratado a tiro pela PM. Até quando lutar por direitos sociais será crime para o governador Rui Costa (PT)? Em um momento de ofensiva da direita e do neofascismo, o governo do Estado da Bahia se soma à criminalização da luta do povo. Somos contra a criminalização dos movimentos populares. Aguardamos um posicionamento firme do Poder Legislativo que mostrará não ser uma subsecretaria do Executivo”, conclui.

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