O deputado Luciano Araújo (SD) protocolou projeto de lei, na Casa Legislativa, em que reconhece a cultura do sisal como patrimônio cultural imaterial do Estado da Bahia. Na matéria, o parlamentar ressaltou a posição da Bahia como o maior estado produtor de sisal do planeta, detendo em torno de 90% da produção nacional do Brasil, país que mais cultiva a agave no mundo. “A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), aponta que o Estado da Bahia produz anualmente 140 mil toneladas de fibra de sisal e que cerca de 50% desta produção é escoada para o exterior”, disse.
Segundo o legislador, o cultivo do sisal faz da Bahia um fenômeno mundial, envolvendo cerca de 70 municípios em sua produção. Para ele, a importância do sisal foi reconhecida pelo Estado ao denominar a região dos municípios de Araci, Barrocas, Biritinga, Candeal, Cansanção, Conceição do Coité, Ichu, Itiúba, Lamarão, Monte Santo, Nordestina, Queimadas, Quijingue, Retirolândia, Santaluz, São Domingos, Serrinha, Teofilândia, Tucano e Valente como Região Sisaleira, quando da criação dos 27 Territórios de Identidade, em 2007.
O parlamentar lembrou que a demarcação dos Territórios de Identidade foi feita por critérios ambientais, econômicos e culturais, com a Secretaria Estadual de Cultura (Secult) assumindo a Política de Territorialização da Cultura em todas as suas instâncias.
“Em atenção à diversidade de manifestações culturais dos Territórios de Identidade, a Secult reconheceu a região 04 como a Região do Sisal e, a partir desse recorte, podemos observar a importância cultural que o sisal ou o ‘ouro verde do sertão’ possui para o Estado da Bahia”, pontuou.
Para o deputado, o projeto de lei contribuirá para o reconhecimento da importância da cultura do sisal para o Estado, “cumprindo com o papel de resgate histórico de uma das mais importantes cadeias produtivas do Estado, responsável por elevar o nome do Estado da Bahia no mundo e da caracterização própria de toda uma região que funciona cultural e economicamente em torno desta cultura”.