Após ser alvo de racismo em áudios de uma comerciante de Itamaraju, o deputado federal Valmir Assunção (PT) aponta, nesta segunda-feira (13), para as emendas parlamentares direcionadas ao município do extremo sul da Bahia para se defender de acusações e detalha a finalidade dos recursos que somam mais de R$8,5 milhões. Além das ofensas, o parlamentar foi cobrado politicamente por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a dizer o que fez para ajudar a cidade baiana. “Desde 2011 que atuamos para levar melhorias para minha terra natal, onde atuei em defesa do povo pobre, dos Sem-Terra e das minorias. Neste tempo de crise, ser alvo de racismo e de pessoas desinformadas é um golpe duro, mas que vamos superar e vencer, assim como o povo vai vencer essa pandemia”.
Entre 2011 e 2020, Valmir direcionou o total de R$ 8,5 milhões para compra de equipamentos hospitalares, pavimentações de ruas de bairros da sede e de comunidades rurais, construção de quadras de esportes e melhorias de infraestrutura em diferentes áreas.
“Infelizmente, algumas dessas emendas não foram executadas pela prefeitura por falta de assinatura do contrato com a Caixa Econômica Federal ou por falta de apresentação de propostas”, frisa Assunção. Itamaraju atualmente é administrada pelo prefeito Marcelo Angênica (PSDB). O parlamentar detalha as últimas emendas que constam na plataforma ‘Mais Brasil’ do ano de 2019. Foram R$ 2 milhões para pavimentação de ruas no bairro BNH e para a revitalização da Avenida Anchieta. Somente para a construção do campo no Marotinho foram investidos R$250 mil e R$ 1 milhão para a pavimentação de ruas no Tarcisão.
As agressões racistas e difamatórias contra o deputado aconteceram após Valmir divulgar vídeo nas suas redes sociais defendendo a proposta do governador Rui Costa (PT) de instalar 20 leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) para tratar pacientes infectados pela Covid-19 em Itamaraju. De acordo com a afirmação da comerciante nos áudios publicados por ela, o petista seria responsável por “levar o coronavírus” para a cidade. “É um absurdo que tenhamos que responder a esse tipo de declarações. Já estive em delegacia em Salvador e denunciei para que esse crime não fique impune. Racismo é crime e não vamos tolerar que atitudes como essa caiam no esquecimento. Devemos tratar essa situação com a seriedade que o caso deve ter”.