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Estádio Arena Fonte Nova em Salvador - Foto: Reprodução
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sexta-feira 13 de janeiro de 2023 às 11:33h

Deputado propõe na AL-BA mudar o nome da Arena Fonte Nova para Arena Rei Pelé

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O deputado Alex da Piatã (PSD) quer homenagear o maior jogador de futebol de todos os tempos mudando o nome do maior equipamento esportivo da Bahia, localizado em Salvador. O parlamentar apresentou, na Assembleia Legislativa, o Projeto de Lei nº 24.696/2023, que propõe substituir a denominação do Estádio Arena Itaipava Fonte Nova para Arena Rei Pelé, atleta que faleceu no último dia 29 de dezembro, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

“Pense num absurdo, na Bahia tem precedente!”, escreveu o deputado, dizendo que o significado desta profecia do governador Otávio Mangabeira é tão verdadeiro e procedente, que se aplica a muitas das situações mais comezinhas do cotidiano nacional. “Uma batalha a mais na minha vida como homem e parlamentar”, acrescentou ao justificar a razão da proposição em tela.

Alex da Piatã lembrou que Pelé será sempre um imortal jogador de futebol, eleito em 2000 pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) como Melhor Jogador do Século da FIFA. Nesse mesmo ano, o jogador foi eleito Atleta do Século pelo Comitê Olímpico Internacional. Ele explica, no documento, como Edson Arantes do Nascimento, nome de batismo do rei, foi eternizado como Pelé. “Em uma ‘pelada’, que aqui na nossa terra é conhecida como ‘baba’, um menino foi o primeiro a chamá-lo de Pelé. O apelido pegou, surgindo daí o nome do famoso jogador”, contou.

Pelé iniciou a carreira no futebol aos 15 anos no Santos Futebol Clube, agremiação situada na cidade praiana de Santos. No ano seguinte, já vestiu a camisa verde e amarela da Seleção Brasileira. Sagrou-se campeão de três edições da Copa do Mundo: em 1958, na Suécia; em 1962, no Chile; e em 1970, no México, sendo o único jogador de futebol tricampeão mundial de futebol. “Pelé é assim: quando não é o maior, é o único, é o jamais, é o inédito, é o melhor”, diz o autor do PL.

Prêmios

O Guinness World Records, entidade internacional de certificação de recordes, concedeu a Pelé dois reconhecimentos oficiais por marcas jamais alcançadas até hoje por outro jogador: os 1.283 gols feitos pelo Rei do Futebol e as três Copas do Mundo vencidas. Pelé também recebeu o prêmio Legends of Football (Lendas do Futebol), entregue pelo técnico da Seleção da Inglaterra, Roy Hodgson.

Alex da Piatã relata que o famoso camisa 10 é o único a ser lembrado por jogadas de arte que não vingaram como gols. “Contra o Uruguai, na conquista definitiva da Taça Jules Rimet, Pelé deu um drible de corpo desconcertante no goleiro Mazurkiewicz e chutou a bola rente à trave. O genial lance, uma verdadeira obra de arte, jamais será esquecido”, salienta o político. Outra jogada fantástica aconteceu na partida contra a Tchecoslováquia: “Do meio de campo, Pelé chutou em direção ao gol, pegando o arqueiro e todo o mundo futebolístico de surpresa, por ser uma jogada inédita, que nem precisou entrar para ser espetacular”, destacou.

Aqui no Estado da Bahia e no Esporte Clube Bahia, Pelé também tem suas façanhas e “nosso querido esquadrão de aço também mantém um elo de conquista, de coração, de sentimento e de romantismo com o Eterno Rei”. O campeonato nacional de futebol de 1959, originalmente denominado Taça Brasil pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), foi a primeira edição do Campeonato Brasileiro. O Bahia, após vencer o terceiro jogo da final contra o Santos, sagrou-se campeão brasileiro pela primeira vez e, ainda, conquistou a vaga para ser o representante brasileiro na primeira competição continental sul-americana, realizada pela Conmebol, a Copa dos Campeões da América (atual Copa Libertadores da América) de 1960.

Histórias

No extenso projeto de lei encaminhado à Casa Legislativa, o parlamentar mostrou a importância do Rei Pelé e recordou diversas histórias protagonizadas pelo atleta com personalidades baianas. Entre elas, como foi que Pelé decidiu tomar um drible desconcertante para ver um adversário realizar o sonho de ganhar um relógio Rolex. Foi em 1962, na Fonte Nova, e envolveu Pelé, o ex-meia do Bahia, Mário de Araújo, além de Benedito Borges de Mello, o Seu Bené, ex-diretor e vice-presidente do clube baiano.

No documento, uma outra passagem interessante é descrita pelo legislador: em 1971, o presidente do Esporte Clube Bahia, o empresário carioca Alfredo Saad, que era amigo e sócio de Pelé, participou do programa Resenha do Meio Dia, do radialista França Teixeira, e anunciou algo como: “Pelé, o maior jogador do mundo, reforçará o tricolor nesta temporada”. O próprio Pelé, em transmissão ao vivo por telefone, e o presidente do Santos, Athiê Cury, confirmaram a negociação. Mas tudo não passou de uma “trollagem” dos envolvidos, uma brincadeira, uma mentira de todos, que mantinham uma boa relação pessoal. “Pra desfazer depois, tivemos que dizer que era primeiro de abril sem ser primeiro de abril”, afirmou França Teixeira.

“Ante o exposto e pela belíssima história inscrita por este nobre brasileiro, que por meio das suas habilidades como jogador de futebol que levou o nome do Brasil para os quatro cantos do mundo e se consagrou como o Atleta do Século, enchendo a nação brasileira de orgulho e mais por toda contribuição que prestou ao nosso Brasil, nada mais justo e adequado que seja homenageado e assim sua memória poderá estar sempre presente e eterna”, finalizou o deputado Alex da Piatã, solicitando o apoio dos pares para que a Arena Itaipava Fonte Nova receba a denominação de Arena Rei Pelé.

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