Uma viagem a Cannes no meio do expediente não impediu segundo o jornal Extra, que o deputado federal Guilherme Mussi (PP-SP) registrasse presença de forma virtual em dia de votação na Câmara, em Brasília. O político está na Riviera Francesa acompanhando a namorada Marina Ruy Barbosa, com quem foi flagrado na última sexta-feira, 16. Dois dias depois de, às margens do mediterrâneo, dizer “sim” ao “reajuste” de R$ 2 bilhões para mais de R$ 5,7 bilhões no fundo eleitoral.
O fundo é destinado a candidatos e partidos políticos nas eleições do ano que vem e esse reajuste era um dos pontos mais polêmicos da Lei de Diretrizes Orçamentárias, aprovada enquanto Mussi e Marina curtiam os eventos do festival de cinema.
Se sancionada a nova lei prevê déficit de R$ 170,47 bilhões nas contas públicas do Brasil. Entre os que foram favoráveis à LDO estão, entre outros, Carla Zambelli (PSL-SP), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF) e Osmar Terra (MDB-RS). Já os opositores à proposta incluem nomes como Rodrigo Maia (Sem partido-RJ), Marcelo Freixo (PSB-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Alessandro Molon (PSB-RJ) e Alexandre Frota (PSDB/SP).
Não é a primeira vez que Guilherme Mussi é alvo de conduta controversa como deputado. Em julho do ano passado ele foi personagem de uma matéria no “Fantástico” que mostrava as festas clandestinas que ele dava em caa, num bairro nobre de São Paulo, em plena pandemia. O deputado também é um dos mais ausentes em Brasília. Em 2019 ele foi um dos 11 parlamentares que mais faltaram ás sessões. Em 2017, ele estourou a quota de ausência em 38%. pela Constituição um deputado que ultrapassasse os 33% corria o risco de perder o mandato. O que não aconteceu com Mussi, na época genro de Silvio Santos.