A sociedade entre o empresário Latif Abud e o deputado federal Leur Lomanto Júnior (DEM) em um posto de combustíveis situado no aeroporto de Salvador virou fonte de dor- de-cabeça para os dirigentes da Vinci, companhia francesa que detém a concessão para operar o terminal.
Segundo a coluna Satélite, com o fim do contrato do posto previsto para março deste ano, a Vinci iniciou consulta ao mercado na tentativa de atrair novos interessados em explorar o estabelecimento, mas foi impedida por decisão da Justiça baiana, a pedido dos advogados que representam Latif e Leur Júnior.
Inicialmente, o acordo para exploração do posto, firmado em 1998, tinha prazo de dois anos, mas foi estendido para 20 anos por decisões da Justiça e aditivos concedidos pela Infraero. Perto de vencer o prazo contratual, os direitos sobre a área deram origem a uma guerra judicial entre a Vinci e a Eco Posto 3L, controlada por Latif Abud. Ex-executivo da OAS, o empresário virou inimigo do empreiteiro Zuleido Veras, de quem foi sócio na construtora Gautama, alvo da Operação Navalha, a partir de informações fornecidas pelo próprio Abud.