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Jorge Solla foi o autor do requerimento para a Audiência Pública realizada na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, da Câmara dos Deputados para tratar do assunto - Foto: Laís Rocha | Ag A Tarde
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segunda-feira 23 de outubro de 2023 às 08:36h

Deputado federal da Bahia avalia recompra da Refinaria Landulpho Alves: “Existe interesse”

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Autor do requerimento para a Audiência Pública realizada na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, da Câmara dos Deputados, na última quarta-feira (18) que discutiu o aumento de preço dos combustíveis e do gás na Bahia, após a privatização da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), o deputado federal pela Bahia, Jorge Solla (PT) conversou com o Isso é Bahia, da A Tarde FM, nesta segunda-feira (23) onde falou de acordo com Eduardo Dias, sobre a tentativa de recompra junto à Acelen da refinaria.

O parlamentar elogiou a atitude do Governo Federal, através da gestão da Petrobras com o presidente Jean Paul Prates, por demonstrar interesse na recompra da empresa junto ao Fundo Árabe, que administra a Acelen.

À época, o valor pago foi de US$ 1 bilhão e 650 milhões de dólares para a Petrobras, avalizada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), foi considerado por especialistas como a metade do valor real de mercado.

“É importante ampliar esse diagnóstico, pois o argumento que, na época, foi usado para privatizar não só a Rlam, o intuito do governo era entregar praticamente todas as refinarias, ficar com apenas duas ou três, com o argumento principal de que iria baratear os preços, beneficiar os consumidores, gerar concorrência. Fizemos um levantamento em todos os estados sobre o preço dos combustíveis e os mais caros são onde tiveram refinarias privatizadas. Essa é a realidade de um setor monopolizado. Eles pagaram metade do que valia a refinaria e levaram tudo ao redor, inclusive o monopólio do mercado”, explicou o deputado.

Solla contou, sob a ótica do governo petista, quais são as condições para a recompra da refinaria, partindo do pressuposto de que o governo Bolsonaro vendeu de forma “mais fácil”.

“Temos que lembrar de como isso foi feito. Para vender uma estatal, teve que ter autorização do Congresso Nacional. Eles conseguiram, na época, uma decisão no Supremo…Infelizmente, o processo de retomada ele não é feito dessa forma. Você não pode impor um processo atropelado. Quero elogiar o presidente Jean Paul Prates que tem tido uma atitude muito positiva à frente da Petrobras em menos de um ano, já estancou o processo de privatização, já retomou os investimentos, a capacidade de ampliar a produção. Estamos trabalhando para que a refinaria seja retomada, estamos definindo isso”, disse, pontuando que a estatal e o fundo árabe têm mantido conversas.

“Num debate dos 70 anos da Petrobras ficou muito claro que a Petrobras tem feito interlocução, esse diálogo e está em negociação comercial. Isso não é feito abertamente, demora. Existe interesse do Fundo Arábe. E a Petrobras nos tem colocado que estão trabalhando nessa perspectiva de interlocução, não com a Acele aqui, pois a negociação não se dá com a empresa aqui, mas com o Fundo de investidores internacionais. Felizmente, a nossa Petrobras voltou a ter uma gestão voltada a priorizar os interesses do país”, afirmou ao A Tarde.

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