Para o deputado estadual Marcelinho Veiga (PSB), o governo federal não tem tratado a pandemia “com a seriedade que precisa ter”. O segundo vice-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) também criticou a morosidade para ampliação do plano de vacinação e as falas equivocadas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Nesta terça-feira (16), Veiga também cobrou atenção de toda a população da Bahia com o sinal de alerta dos órgãos de saúde por causa da lotação nos hospitais do estado e particulares.
“Precisamos cobrar celeridade do governo federal e, ao mesmo tempo, atuar para proteger as pessoas que estão ouvindo o presidente e indo para as ruas se arriscar. O país tem mais de 14 milhões de trabalhadores e trabalhadoras desempregados e sem noção de como será o ano. Também temos 240 mil mortes desde o começo da crise, e não vacinamos nem 3% da população. Isso é preocupante e não se trata mais de politizar ou não a situação, é que está insustentável mesmo. E pela falta de exemplo do presidente estamos em alerta nos hospitais com profissionais extremamente exaustos”, declara Marcelinho Veiga.
O parlamentar ainda cobra investimentos do governo federal, retorno urgente do auxílio emergencial e criticou projetos aprovados pelo Congresso Nacional, como a “falsa autonomia do Banco Central” e os quatro decretos da presidência que flexibilizam regras para compra e uso de armas no país. Marcelinho lembra que o Brasil destinou apenas 9% dos recursos que seriam para a aquisição de vacinas e que Bolsonaro “brinca vidas” ao dizer que “tem um cheque de R$ 20 bilhões, mas que os imunizantes estão em falta no planeta”.
Para o deputado, “isso demonstra a falta de empatia em um momento tão difícil da nação, sem contar na perseguição política do presidente com a Bahia, que precisa se virar para poder cuidar de sua população”. Veiga completa, dizendo que os decretos presidenciais sobre armamento “são mais um caso para tentar desviar a atenção do que realmente é preciso ter cuidado. Armas neste momento não é correto, longe disso, estamos vivendo uma crise sem precedentes e isso pode piorar ainda mais. É uma ameaça à democracia”.