A redução dos proventos, conforme explicou o parlamentar, iria ajudar a subsidiar o pagamento do auxílio emergencial. As indicações foram endereçadas a Rui Costa e a Bruno Reis
Em indicações apresentadas na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Capitão Alden (PSL) defendeu a redução dos salários do governador Rui Costa (PT), vice, secretários estaduais e do prefeito de Salvador, Bruno Reis, vice-prefeita e secretários municipais.
A redução dos proventos, conforme explicou Alden, iria ajudar a subsidiar o pagamento do auxílio emergencial. As indicações foram endereçadas a Rui Costa e a Bruno Reis, prefeito de Salvador pelo DEM.
Ao justificar os pedidos, o parlamentar lembrou que, após o aumento expressivo no número de novos casos do coronavírus, as principais bolsas de valores pelo mundo acumularam perdas expressivas, refletindo uma piora nas perspectivas de recuperação econômica.
“A Bahia, então, enfrenta um verdadeiro cenário de caos econômico”, frisou ele, ressaltando “a obrigação do funcionalismo estadual contribuir na diminuição do impacto econômico e social, o que sem sombra de dúvidas, recai no dever de o poder público estabelecer políticas para acelerar o crescimento econômico e superar os impactos negativos da pandemia”.
De acordo com o parlamentar, a Bahia foi o segundo estado com o maior número de pessoas beneficiadas com o auxílio emergencial do Governo Federal, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o órgão, 61,2% dos baianos contaram com o auxílio, no mês de maio de 2020.
Em maio, acrescentou Alden, a Bahia ficou atrás apenas de São Paulo no ranking dos estados brasileiros. O IBGE informou ainda que 9,1 milhões de baianos foram de alguma forma atendidos pelo auxílio. O montante recebido pela população do Estado ficou em torno de R$ 2,4 bilhões, no mês de maio. O valor equivale a 10,3% da verba nacional.
“A dimensão do auxílio na Bahia, com esses 9,1 milhões de pessoas, mais de 60% da população, ele reflete o impacto que a pandemia teve no mercado de trabalho, na busca pelo trabalho e na renda das pessoas”, acredita.
Por isso, ele entende que se deve distribuir entre os agentes públicos a cota de sacrifícios em função da retomada do crescimento e do reequilíbrio das contas públicas. “É sabido que a administração pública comporta elevados gastos públicos, o que neste momento requer melhor cautela funcional”.