“Não é momento de picuinha política”, disse o parlamentar
O deputado estadual Tiago Correia (PSDB) criticou neste sábado (11) a postura do secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, em relação ao imbróglio criado por ele próprio em torno da cidade de Itamaraju, no Extremo Sul da Bahia. Segundo Correia, a fala do secretário sobre o prefeito do município, Marcelo Angenica (PSDB), além de ser agressiva, não condiz com a verdade.
Correia explica que não havia acordo do município com o estado para a implantação de 20 leitos de UTI para a Covid-19 no Hospital Municipal, que seria transformado em uma unidade exclusiva para tratamento da doença. O deputado ressalta que o hospital é referência e, hoje, já tem 11 leitos preparados para receber pacientes com Covid-19, inclusive com respiradores.
“O prefeito conversou com o próprio governador (Rui Costa, do PT) e explicou que não tinha como deixar o hospital exclusivo para coronavírus, pois não tinha para onde mandar toda a população atendida lá. É o único hospital da cidade. Tem 90 leitos, realiza em torno de 50 cirurgias e mais de 100 partos por mês. Então, essa crítica do secretário não procede. Essa fala do secretário, neste momento, além de não condizer com a verdade, é um desserviço à Bahia. Não é momento de picuinha política, mas de união para enfrentarmos esse inimigo invisível”, afirmou.
Segundo Correia, o prefeito informou que na conversa com o governador, ficou acertado que uma equipe da Secretaria da Saúde (Sesab) iria à cidade para fazer uma avaliação no hospital. “Em momento algum ficou acertado que o hospital já seria utilizado com exclusividade para Covid-19. Inclusive, ressalto que o hospital já tem 11 leitos equipados com respiradores para atender possíveis pacientes com a doença”, destacou.
Ainda de acordo com o parlamentar, seria muito mais coerente para o estado utilizar um hospital de cidades próximas maiores que possuem vários hospitais, como Porto Seguro, Teixeira de Freitas e Eunápolis, com uma unidade exclusiva para o tratamento da Covid-19. “Estas cidades possuem mais de um hospital no município. Hospitais Municipais, Estaduais, unidades privadas, UPAs, inclusive uma policlínica em Eunápolis. Qualquer um destes poderia ser transformado em unidade exclusiva. Sem falar que Porto Seguro e Eunápolis têm aeroporto. Seria muita mais racional”, pontuou.