A demissão em massa de 30 profissionais do Hospital Nair Alves de Souza, em Paulo Afonso, no nordeste da Bahia, foi alvo de duras críticas do deputado federal Valmir Assunção (PT) nesta quarta-feira (6). A unidade de saúde era comandada pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e foi entregue para gestão do município no dia 1º de janeiro de 2021. No entanto, na última segunda-feira (4), 20 mulheres e 10 homens foram surpreendidos com a demissão em massa pela companhia.
“Manifesto minha contrariedade pela demissão dos trabalhadores do hospital. A unidade era gerida pela Chesf há mais de 60 anos e passou sua administração para a prefeitura. Os profissionais lutam por seus direitos e lembram que um acordo coletivo da categoria proíbe a demissão em massa. Isso é um absurdo, esses pais e mães de família iniciam o ano novo desempregados”, critica Valmir.
De acordo com os trabalhadores demitidos, eles foram convidados para se apresentarem em reunião e receberam a carta de demissão. “Entendemos que esse não era o momento para um ato desumano como esse em plena pandemia de covid-19. Sem contar que esse hospital, mesmo sendo gerido pela Chesf, não só Paulo Afonso como a região toda é atendida. Isso será uma perda também para a população, independente das demissões”, apontam os profissionais em nota enviada ao mandato do parlamentar baiano.
Para Assunção, as demissões foram realizadas de forma arbitrária. Ele destaca que a perda para a população é preocupante devido à crise sanitária que já matou mais de 197 mil pessoas no Brasil. “A Chesf tem uma dívida social para a região por ter explorado esses anos todos a energia. Apenas o pagamento dos royalties não é o suficiente. A companhia deveria ter agido de forma mais lenta. Suspender os serviços vai gerar uma outra crise na região. Tudo isso com consentimento deste governo genocida de Bolsonaro”, completa Valmir.