A falta de recursos e a tentativa de manter as contas em dia impedem que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) assuma a gestão de outras unidades. Foi o que explicou o vice-presidente da empresa, Eduardo Vieira, durante audiência pública realizada na sexta-feira (2) na Comissão de Educação da Câmara. O debate aconteceu a pedido do deputado federal pela Bahiam Bacelar (Podemos) que solicitou esclarecimentos sobre o Hospital Nair Alves de Souza (HNAS), em Paulo Afonso, norte do estado.
O hospital, que recebe 500 mil pacientes da Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco, foi administrado pela Companhia Elétrica do São Francisco (Chesf) até 2019 e, através da assinatura de um termo de compromisso, seria transformado em hospital universitário da Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco), gerido pela Ebserh, mas até agora a mudança não foi feita. “O HNAS está sob responsabilidade da prefeitura, que não consegue arcar com todas as despesas orçamentárias. Quem depende da saúde pública e precisa de atendimento está ansioso para que esta situação seja resolvida o quanto antes“, completou.
Quando questionado sobre a possibilidade de a Ebserh assumir a direção do HNAS, o vice-presidente afirmou que dificilmente isso irá acontecer. Ele argumenta que não foram cumpridos itens dos termos de compromisso e, por isso, a incorporação não foi feita.
Bacelar que acompanha, de perto, o impasse do HNAS declarou que não aceita a situação e vai lutar pela preservação da unidade. “Não posso, simplesmente, aceitar o não e deixar como está. É a saúde de 500 mil pessoas que está em jogo. Entendo a preocupação orçamentária da empresa, mas a questão tem que ir ao conhecimento das autoridades máximas” alertou o parlamentar.