Em audiência na segunda-feira (26) no Ministério da Saúde, o deputado estadual Tiago Correia (PSDB) reivindicou, mais uma vez, a inclusão dos médicos veterinários na relação dos profissionais prioritários que deverão ser vacinados contra a Covid-19. Acompanhado do deputado federal Elmar Nascimento, da vice-presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Ana Elisa Almeida, e de José Maria Filho, dirigente da entidade, Tiago Correia afirmou que “alguns gestores estaduais estão desconsiderando orientação técnica do Plano Nacional de Imunização, Ministério da Saúde.”
De acordo com o parlamentar, o próprio Ministério da Saúde reconhece que 65% das doenças de notificação compulsória, como leishmaniose, leptospirose, tuberculose, raiva, arboviroses, dentre outras, são de domínio do médico-veterinário. “Faz parte da rotina do médico-veterinário, onde quer que esteja atuando, evitar que cheguem aos homens as mais de 200 doenças passíveis de transmissão dos animais, as zoonoses. Os médicos veterinários também atuam garantindo a segurança alimentar de produtos de origem animal, como as carnes, leite e ovos que chegam na mesa da população. Todos este alimentos são fiscalizados por esses profissionais, que essencialmente cuidam da saúde humana, como objetivo fim”, disse Correia.
Ciente do equívoco cometido por gestores de saúde em alguns estados do Brasil, que excluíram os médicos-veterinários da relação de profissionais de saúde, o assessor especial Daniel Pereira, do Ministério da Saúde, se comprometeu a trabalhar junto ao ministro Marcelo Queiroga para enviar nova orientação nacional, enfatizando a necessidade do cumprimento do PNI, imunizando todas as categorias de profissionais de saúde reconhecidas pelo Conselho Nacional de Saúde.
O deputado Tiago Correia afirmou que saiu satisfeito do encontro. “Agora, esperamos que com a ênfase desta reorientação nacional, os gestores de saúde de estados e municípios deixem os achismos pessoais de lado e incluam efetivamente os profissionais de saúde médicos-veterinários nos seus planos de imunização, não só pelo elevado nível de exposição ao coronavírus desses profissionais mas, especialmente, para que possam manter funcionando os serviços essenciais, dos quais são prestadores à sociedade”.