A implantação de uma tarifa social para os ônibus que servem ao subúrbio ferroviário de Salvador foi sugerida ao prefeito Bruno Reis (DEM) pela deputada Olivia Santana (PC do B). Em indicação que protocolou junto à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, ela propõe que o valor da tarifa seja R$ 0,50, o mesmo que era cobrado pelos trens que atendiam aos bairros da Calçada até Paripe e que foram desativados no dia 15 de fevereiro. Este valor, adiantou a parlamentar, deve vigorar enquanto perdurarem as obras do VLT do Subúrbio, que substituirá o sistema de trens recentemente desativado.
A implantação dessa tarifa social, argumentou Olívia, “é medida humanitária que se impõe para que os usuários do sistema possam se deslocar sem que isso cause maior impacto no seu já combalido orçamento familiar”.
Transportando mais de 16 mil passageiros diariamente, o trem do subúrbio “figurava como o mais importante e acessível sistema de transporte coletivo da região”, e com sua desativação “criou-se uma grande dificuldade para a população local e usuários”, informou a comunista, ressaltando que, além do transtorno de mobilidade causados pela desativação dos trens, há “o impacto econômico que se quedou sobre as milhares de famílias”, já que os usuários do trem pagavam R$ 0,50 na viagem e, com a parada, terão que desembolsar R$ 4,20 nos ônibus.
Segundo a autora da indicação, “Salvador amarga a marca de ser a capital do desemprego, 21,3% dos moradores da capital vivem abaixo da linha da pobreza (IBGE-2019), especialmente as famílias suburbanas, que agora se vêm obrigadas a desembolsar um valor que impactará sobremaneira nos seus orçamentos”.
E com a pandemia, ponderou Olívia, “houve grande aumento no número de desempregados”. Com a suspensão do auxílio emergencial, “a situação está ainda mais agravada, muitas famílias estão praticamente sem qualquer renda”.