A deputada estadual Olívia Santana defendeu, neste último domingo (3), que o governo do Estado deve ajudar os blocos afro para que eles não tenham problemas nos editais, como ocorreu neste ano. Blocos tradicionais como Muzenza e Malê Debalê não conseguiram cumprir as exigências e ficaram de fora do Ouro Negro, que apoia entidades de matrizes africanas durante o Carnaval.
“É muito triste essa situação de uma parcela importante das entidades que não saiu. O bloco Malê Debalê, que é histórico, não conseguiu sair. A secretária argumentou esse problema, e é concreto. Agora, com o novo marco legal, as exigências documentais são maiores. Mas eu penso que nós temos que ajudar as entidade a vencer esse tipo de obstáculo. Eu proponho que depois do Carnaval a gente tem que fazer uma audiência pública, chamar o Tribunal de Contas, a Secretaria de Cultura e a Bahiatursa e buscar criar as condições para que isso não aconteça novamente em 2020. Nós precisamos dos blocos afro na rua, fazendo essa diferença”, sugeriu Olívia, durante visita ao camarote Expresso 2222.
A deputada falou ainda do projeto “Respeita as Mina”, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), pasta que comandou até 2017. “Eu fico muito feliz com esse projeto. Quando nós começamos essa campanha o nome era ‘Vá na Moral ou Vai se Dar Mal’. Hoje o “Respeita as Minas” se popularizou, tem um trio e é bacana você deixar a semente florescer. Eu elogio muito o trabalho da secretária Julieta Palmeira, estou junto com ela, e agora assumi a presidência da Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa da Bahia. A ideia é fortalecer essas ações para que a gente consiga coibir e reduzir os indicadores de violência contra a mulher e fortalecer a bandeira da igualdade”, reforçou.