“João Carlos Teixeira Gomes passou por essa vida, deixando marcas indeléveis que contribuíram com a cultura e com a política na Bahia. Um dos nomes mais importantes da imprensa baiana”, declarou a deputada estadual Fabíola Mansur (PSB), na moção de pesar entregue à Mesa Diretora da Casa, em decorrência do falecimento do escritor, poeta, professor e jornalista João Carlos Teixeira Gomes, Joca, “O Pena de Aço”, ocorrido no último dia 18, em Salvador.
O jornalista é reconhecido pelo enfrentamento à ditadura militar enquanto dirigia a redação do Jornal da Bahia, ao lado de Glauber Rocha, João Ubaldo Ribeiro e Florisvaldo Mattos. Junto com estes grandes nomes, e de Fernando Peres, Sante Scaldaferri, Sônia Coutinho e o pintor Calasans Neto ficaram conhecidos como a Geração Mapa. Sempre a favor da democracia e das liberdades, Joca foi reverenciado no documentário “A luta pela liberdade de expressão”, lançado em 2018, e idealizado pela Associação Bahiana de Imprensa (ABI). Ele é autor da biografia Memórias das Trevas – Uma devassa na vida de Antonio Carlos Magalhães, “o mais emblemático político baiano”.
Amiga do escritor, Olívia Soares, jornalista na Assembleia Legislativa da Bahia, declarou à ABI seu pesar sobre o adeus ao amigo. “Tristeza infinda ter que me despedir do grande amigo João Carlos Teixeira Gomes, Joca, ‘O Pena de Aço’ (apelido dado pelo amigo carioca Dario Bitencourt e que ele amava). O maior jornalista que conheci na vida, de altíssima magnitude. Escritor consagrado, sonetista e ensaísta, estimado por uma legião de admiradores. Amante da música clássica, do cinema e das artes em geral”, declara sua amiga, acrescentando que ele era “Um homem corajoso, enfrentou poderosos na época do Jornal da Bahia chegando, inclusive, aos tribunais pelo direito à liberdade de expressão e contra a tirania. Um Valente!”, expressa, com orgulho, a jornalista.