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terça-feira 23 de junho de 2020 às 10:15h

Deputada Fabíola elogia trajetória do historiador Luís Tavares que faleceu ontem aos 94 anos

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A deputada estadual Fabíola Mansur (PSB) externou profundo pesar pelo falecimento do historiador e professor Luís Henrique Dias Tavares, aos 94 anos, ocorrido na manhã desta última segunda-feira (22), na capital baiana. Através de moção apresentada na Assembleia Legislativa, a parlamentar definiu Luís Henrique como um dos maiores conhecedores da história da Bahia, “o primeiro a resgatar a Revolta dos Búzios para os tempos atuais, levando os debates para a universidade sobre a importância dessa revolta, juntamente com saudoso professor Ubiratan Castro”.

A socialista anotou que o professor emérito da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e ocupante da Cadeira Nº 01 da Academia de Letras da Bahia (ALB) é autor de um dos livros mais importantes sobre a História da Bahia – de título homônimo, e de uma vasta produção bibliográfica. Entre as obras do professor, a legisladora fez questão de ressaltar também o livro “História da Sedição Intentada na Bahia em 1798 – A Conspiração dos Alfaiates”.

A cadeira que ocupava na ALB, desde 1968, tem como patrono o Frei Vicente de Salvador – registrou a deputada, citando que a instituição concedeu diversos prêmios literários por sua obra e por sua produção acadêmica no campo da História. Mansur destacou ainda o título de Cavaleiro da Ordem do Dois de Julho, que lhe foi outorgado pelo Governo da Bahia em 2011, e a Medalha Ranulfo Oliveira, em 2012, concedida pela Associação Bahiana de Imprensa (ABI).

No documento, a deputada traça a trajetória do historiador, que é natural da cidade de Nazaré: Cursou Geografia e História, Bacharelado e Licenciatura, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da UFBA, entre os anos de 1948 e 1951; tornou-se Doutor em História por concurso de Livre Docência; e Pós-Doutor na Universidade de Londres (1977 – 1978, 1982, 1984, 1986), pesquisas em Arquivos (Foreign Office Record’s) e Bibliotecas (British Library), ocasião em que escreveu o livro “Comércio Proibido de Escravos”. Dias Tavares também foi diretor, entre 1959 e 1969, do Arquivo Público do Estado da Bahia e do antigo Departamento de Ensino Superior e da Cultura. Era ainda doutor honoris causa da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), além de sócio da Academia Portuguesa de História e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

“O historiador baiano deixa três filhos: Luís Guilherme, Milena e Cláudia, e a esposa, Sra. Laurita Pontes Tavares”, registrou Fabíola Mansur.

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