Alegando estar sendo vítima de crimes praticados através da internet, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir ajuda ao ministro Alexandre de Moraes, nesta quinta-feira (5). Durante o encontro, a parlamentar falou sobre ameaças de morte e violência física através das redes.
Segundo ela, a onda de ataques começou após conflitos com Nikolas Ferreira (PL-MG) durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro.
Segundo comunicado, “a omissão proposital de trecho relevante de diálogo” de um vídeo nas redes sociais de Nikolas, durante a sessão do dia 21 de setembro, “induziu seus seguidores ao erro e imediata perseguição com ameaças à deputada nas redes sociais”.
“Na última semana, Jandira entrou com uma notícia-crime contra o deputado por violência política de gênero. A parlamentar será acompanhada na audiência pelos deputados Rogério Correia (PT-MG) e Rafael Brito (MDB-AL) e pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS)”, diz a nota.
Na última semana, a deputada se reuniu com o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, com as senadoras Soraya e Eliziane Gama (PSD-MA), e os deputados Rafael Brito, Rogério Correia e Duda Salabert (PDT-MG). O grupo abordou, durante a reunião, as crescentes ameaças que membros da CPMI têm recebido nas redes, “caracterizando clara intimidação e violência política”.
Relembre o caso
Jandira e Nikolas bateram boca, após o deputado usar seu tempo de fala na CPMI para mostrar vídeos e publicações em que ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era criticado. Em determinado momento, o congressista mostrou um vídeo da atriz Maria Flor dizendo que gostaria de “esfregar” o rosto de Bolsonaro no asfalto quente até ele “ficar com a cara toda esfolada”. Depois, apresentou um print que mostrava que Jandira seguia a atriz no Instagram.