Em vídeo divulgado nas suas redes sociais Ciro Gomes (PDT) aponta relação entre a a política e alguns princípios da religião Cristã. No material, ele reforça que o Brasil é um Estado laico, mas diz que “a Bíblia e a Constituição não são livros conflitantes”. O apoiador e conselheiro do presidente Jair Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia foi ao Twitter rebater o vídeo divulgado por Ciro e disse que havia começado o que chamou de “temporada da enganação e da mentira política”.
“Ciro Gomes, tu pensa que vai enganar o povo Cristão? Vai enganar católicos e evangélicos? Conta outra, cara”, disse Malafaia em vídeo publicado em sua conta no Twitter.
No vídeo, o pré-candidato à Presidência em 2022 fala que “esses princípios republicanos não nos deve levar a negação de uma realidade histórica com consequências sempre atuais: o Brasil se formou no berço do cristianismo”.
Somos um Estado laico, mas a BÃblia e a Constituição não são livros conflitantes. O mesmo acontece com a religião e a polÃtica. Se observamos bem, veremos que ideias centrais do cristianismo inspiram a vida de todos nós que lutamos por um Brasil melhor. #ReligiãoEPolÃtica pic.twitter.com/LQ26SZeMDE
— Ciro Gomes (@cirogomes) June 21, 2021
Ciro Gomes cita duas características da religião que, segundo ele, “devem falar fundo no coração de qualquer brasileiro” e “todos devemos escutar”: a superação e a primazia da solidariedade. Esse é mais um dos vídeos que o pré-candidato lança depois da contratação do marqueteiro João Santana.
O pastor Malafaia também falou da participação de Santana nos materiais produzidos por Ciro: “quem produziu o vídeo? Aquele que foi marqueteiro do PT e preso, aquele que fez um marketing lindo e elegeu Dilma enganando o povo brasileiro”.
Ciro Gomes grava vídeo e pensa que pode enganar os evangélicos. https://t.co/QzNoOkb2FQ
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) June 21, 2021
ATENÃÃO POVO CRISTÃO! Ciro Gomes não vai nos enganar pic.twitter.com/BpVRQXm1ux
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) June 21, 2021
Santana foi condenado em 2017 a oito anos e quatro meses de prisão por crime de lavagem de dinheiro. Ele cumpriu prisão domiciliar até outubro de 2020, data limite que estava proibido pela Justiça de trabalhar com marketing político. O marqueteiro elegeu Lula em 2006 e Dilma Rousseff em 2010 e 2014, e fechou com Ciro Gomes em abril deste ano.