A demora de Jair Bolsonaro para decidir seu futuro partidário tem gerado cobranças da base. Nos bastidores, parlamentares afirmaram segundo a Folha, que estão engessados, não conseguem começar a organizar suas campanhas e pedem definição.
Antes dispostos a tentar influenciar o presidente a não se filiar a um ou outro partido, agora dizem apenas que precisam de um teto logo, qualquer que seja ele. Bolsonaro está em conversas avançadas com o PP, símbolo do centrão, alvo de seus apoiadores em 2018.
Bolsonaro brigou com o PSL, o partido que o elegeu, e tentou montar o Aliança pelo Brasil, mas o projeto naufragou.
Após ampliar rachas em pelo menos duas siglas às quais avaliou se filiar, o PTB e o Patriota, o presidente e seus aliados têm se inclinado a ingressar na legenda comandada por seu ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PI).
Nesse tempo, o PSL se juntou com o DEM para formar o União Brasil, levando para dentro do mesmo partido bolsonaristas e, por exemplo, Luiz Henrique Mandetta. O ex-ministro da Saúde é considerado um traidor por parte da base do presidente da República.