O Procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou em seu discurso na abertura do Ano Judiciário, no Supremo Tribunal Federal (STF), que a vontade da maioria dos eleitores deve ser respeitada. “Democracia, eu te amo, eu te amo, eu te amo”, afirmou o procurador, justificando que “é preciso repetir a frase para não esquecê-la”.
Ele defendeu também os valores democráticos e republicanos. “Nesta solenidade, todos os poderes se unem para defender e bradar a democracia”, afirmou. O procurador-geral disse que o “voto popular deve ser respeitado, especialmente por quem não obteve a maioria” e defendeu que a “celebração dos resultados das urnas é fundamental na democracia.”
No evento, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, fez uma defesa do Estado democrático de direito e criticou a invasão e depredação do STF no dia 8 de janeiro por extremistas contrários ao resultado da eleição presidencial.
“Que os inimigos da liberdade saibam que no solo sagrado deste Tribunal o regime democrático, permanentemente cultuado, permanece inabalável. Frustrado restou o real objetivo dos que assaltaram as instituições democráticas: o ultraje só poderia resultar, como resultou, no enaltecimento da dignidade da Justiça, e no fortalecimento do valor insubstituível do princípio democrático, jamais no aviltamento do Poder Judiciário”, disse.
A presidente do Supremo afirmou que a violência praticada contra as sedes dos poderes e a democraia não será esquecida. “Os que a conceberam, os que a praticaram, os que a insuflaram e os que a financiaram serão responsabilizados com o rigor da lei nas diferentes esferas”, declarou.