O presidente Jair Bolsonaro (PL) montou uma operação emergencial para estancar a crise política envolvendo o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. O executivo é acusado de assédio sexual, em uma investigação sigilosa em curso no Ministério Público Federal, segundo reportagem do jornalista Rodrigo Rangel, no Metrópoles.
Em reunião urgente ocorrida na noite de terça-feira (29), no Palácio da Alvorada, Bolsonaro e seus aliados decidiram que as denúncias são graves e podem manchar a reputação do chefe do Executivo com o eleitorado feminino, público que ele luta para conquistar votos. Pedro Guimarães era chamado nos corredores por palacianos de ‘Pedro Maluco’.
Os ataques mais veementes contra a permanência de Pedro Guimarães na Caixa partiram do Centrão. Há tempos eles se mostram preocupados com mau desempenho de Bolsonaro com o eleitorado feminino. Semanas atrás, os líderes chegaram a defender o nome da ex-ministra da Agricultura Teresa Cristina para ser vice na chapa da reeleição. Mas a ideia não prosperou. Com as denúncias de assédio sexual na Caixa, o presidente Bolsonaro resolveu, na noite de ontem, demitir Pedro Guimarães da presidência do banco.