As últimas horas mudaram os ventos que sopravam fortemente contra o ministro Ricardo Vélez.
Sua situação parecia insustentável depois de medir forças com Olavo de Carvalho — o guru dos Bolsonaro que tem no Ministério da Educação um exército de olheiros zelando para que o pensamento do mestre seja o balizador das decisões.
O que fez o presidente adiar por ora a demissão de Vélez foi a reforma da Previdência. Bolsonaro não quer um desgaste desta natureza no auge de delicadíssimas negociações.
Mesmo o chefe da casa civil, Onyx Lorenzoni, notório desafeto de Vélez, apoiou sua sobrevida, publicou a revista Veja..
Os olhos se voltam agora para a escolha do número dois da pasta. Vélez chegou a anunciar Ioleni Silva, ex-diretora de um colégio bastista, mas as costuras políticas neste momento são com o DEM.
O cálculo do governo é de que um agrado ao partido de Rodrigo Maia viria em boa hora. Enquanto os bastidores do poder estão em ebulição, nada anda no MEC.