A Polícia Federal concluiu que a delação de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda do governo Lula, contra o ex-presidente contém acusações sem provas, já desmentidas por outros delatores que incriminaram o PT.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o depoimento do ex-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff tinha informações que “parecem todas terem sido encontradas em pesquisas de internet”, sem “acréscimo de elementos de corroboração, a não ser notícias de jornais”, afirmou o delegado Marcelo Daher, que encerrou o inquérito sem indiciar os acusados.
Palocci havia mencionado um caixa milionário de propinas para Luiz Inácio Lula da Silva administrado pelo banqueiro André Esteves, do BTG.
“As notícias jornalísticas, embora suficientes para iniciar o inquérito policial, parece que não foram corroboradas pelas provas produzidas, no sentido de dar continuidade à persecução penal”, declarou o delegado, que encaminhou o resultado ao MPF (Ministério Público Federal).
A delação premiada de Palocci havia sido homologada pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Em depoimento, André Esteves negou as acusações e disse que nunca administrou recursos para Lula.