O déficit comercial dos Estados Unidos registrou a maior queda em quase 14 anos em novembro, uma vez que a desaceleração da demanda doméstica em meio a custos de empréstimos mais altos pressionou as importações. As informações são de Lucia Mutikani, da Reuters.
O déficit comercial caiu 21,0%, para 61,5 bilhões de dólares, o nível mais baixo desde setembro de 2020, informou o Departamento de Comércio na quinta-feira. O declínio percentual foi o maior desde fevereiro de 2009.
As importações caíram 6,4%, para 313,4 bilhões de dólares, com queda de 7,5% dos bens, para 254,9 bilhões de dólares. As importações de bens de consumo foram as mais baixas desde dezembro de 2020.
No ano passado, o Federal Reserve elevou sua taxa básica de juros em 425 pontos-base, de quase zero para uma faixa de 4,25% a 4,50%, a mais alta desde o final de 2007.
No mês passado, projetou pelo menos 75 pontos-base adicionais de aumentos nos custos de empréstimos até o final de 2023. Juros mais altos impulsionaram o dólar, que se valorizou 5,4% em relação às moedas dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos no ano passado.
A força do dólar está tornando os produtos fabricados nos EUA menos competitivos nos mercados globais. O aperto da política monetária pelos bancos centrais globais também está corroendo a demanda.
As exportações caíram 2,0%, para 251,9 bilhões de dólares, com os embarques de mercadorias caindo 3,0%, para 170,8 bilhões de dólares. Mas as exportações de veículos automotores, peças e motores foram as maiores desde agosto de 2019.