A defesa do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, entrou com um pedido na Justiça para arquivar o processo de suborno envolvendo a ex-atriz pornô Stormy Daniels, bem como a anulação do veredito, que o declarou culpado de fraude fiscal. Os advogados se basearam no perdão concedido pelo presidente Joe Biden ao filho, Hunter – condenado por posse ilegal de arma e acusado de sonegar US$ 1,4 milhão em impostos.
“Ao emitir um perdão de 10 anos a Hunter Biden que cobre todo e qualquer crime, acusado ou não, Biden afirmou que seu filho foi ‘seletiva e injustamente processado’ e ‘tratado de forma diferente’. Este é o mesmo Departamento de Justiça que coordenou a caça às bruxas motivada politicamente contra Trump”, disse a equipe de defesa do republicano.
Trump foi declarado culpado de 34 acusações de falsificação de registros empresariais – realizadas para cobrir o suborno à Daniels. O pagamento de US$ 130 mil foi feito em 2016, em meio a campanha presidencial, para que a atriz não revelasse a relação extraconjugal que teve com o republicano. O depósito, no entanto, foi feito como se fosse uma despesa ao então advogado Michael Cohen, o que caracterizou fraude fiscal.
Diante da eleição de Trump em novembro deste ano, o juiz responsável pelo caso decidiu adiar, de maneira indefinida, a sentença contra o político. Os advogados afirmaram, no entanto, que se o caso continuar, o processo apresentará “interrupções na instituição da Presidência” que violam os princípios da “doutrina da imunidade presidencial, uma vez que ameaçam o funcionamento do governo federal”.
Com isso, o juiz aceitou que a defesa apresentasse, até 2 de dezembro, um recurso para arquivar o caso. Agora, o magistrado deverá decidir se anula todo o processo de fraude ou se apenas suspende qualquer decisão sobre a condenação de Trump até que o republicano termine seu segundo mandato na Casa Branca – em 2028.