A defesa de Jair Bolsonaro (PL) disse, por meio de nota, que o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto à CPMI do 8 de Janeiro no qual atribuiu ao ex-presidente a participação em uma conspiração para desacreditar o sistema eleitoral, configura, em tese, crime de calúnia e será alvo de medidas na Justiça.
“A defesa do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro informa que adotará as medidas judiciais cabíveis em face do depoente, que apresentou informações e alegações falsas, totalmente desprovidas de qualquer tipo de prova, inclusive cometendo, em tese, o crime de calúnia”, diz o texto da nota assinada pelos advogados Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten.
No texto, a defesa confirma que Bolsonaro recebeu Delgatti no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, e que, ao ouvir relato do hacker sobre a vulnerabilidade do sistema eleitoral, “determinou ao Ministério da Defesa a apuração das alegações, de acordo com os procedimentos legais e em conformidade com os princípios republicanos, seguindo o mesmo padrão de conduta observado em todas as suas ações enquanto chefe de Estado”.
A nota afirma, ainda, que “após tal evento, o ex-presidente nunca mais esteve na presença de tal depoente ou com ele manteve qualquer tipo de contato direto ou indireto”