O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, preso preventivamente desde sexta-feira (6), teria utilizado documentos falsos para entrar no Paraguai com o objetivo de fechar parcerias com a empresária Dalia López, responsável pela confecção dos passaportes falsificados de Ronaldinho e seu irmão, Roberto de Assis.
O jornal paraguaio ABC Color publicou nesta segunda-feira (9) uma série de conversas de Dalia López entregues por Paola Oliveira, esposa do empresário Wilmondes Sousa Lira, ao Ministério Público que mostram fotos dos documentos prontos e textos em que a empresária comemorava sua influência junto às autoridades paraguaias que confeccionam passaportes.
A defesa de Ronaldinho diz que os documentos foram recebidos por Wilmondes, que alega ter sido apenas o intermediário da entrega e que López tomou conta de tudo desde o princípio. O próprio advogado dos irmãos, Sérgio Queiróz, confirmou que os documentos falsificados “foram oferecidos a Assis como um modo para que fizessem negócios no Paraguai. E eles aceitaram essa proposta”.
O ex-jogador e seu irmão foram convidados pela própria Dalia para uma série de eventos em Assunção. A empresária já tem pedido de prisão decretado, contudo, está foragida.
O Ministério de Tributação do Paraguai investiga a empresária por evasão de divisas, lavagem de dinheiro e estima que, em cinco anos, tenha desviado cerca de 10 milhões de dólares.