O Presidente interino do PSL, sigla pela qual Jair Bolsonaro se consagrou presidente da República, Gustavo Bebianno é cotado para assumir o Ministério da Justiça. O advogado foi o responsável por coordenar a campanha presidencial, assumindo desde a arrecadação de verbas até o contato com a imprensa. Bebianno se aproximou de Bolsonaro em 2017 ao oferecer defesa jurídica voluntária à campanha. O advogado viu o espaço aumentar e ter importância nessa relação.
Confira todos os ministeriáveis de Bolsonaro e seus nomes fortes no Congresso Nacional:
Militares no comando
A composição do governo passa também pela indicação de integrantes do Exército. Além do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) e Heleno, Bolsonaro angariou Oswaldo Ferreira – todos generais da reserva. Ferreira compôs o núcleo militar da campanha que se reunia em Brasília. Por sua passagem pelo comando do Departamento de Engenharia e Construção (DEC) do Exército, é cotado para assumir o futuro Ministério de Infraestrutura, pasta que deverá substituir a de Transportes.
O astronauta Marcos Pontes também entra na lista dos ministeriáveis militares, pois é tenente-coronel da reserva da Força Aérea.
Educação, Cultura e Esportes podem virar um só ministério. Três nomes estão cotados para assumir a vaga. O ex-professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Stavros Xanthopoylos, o ex-ministro da Educação de Mendonça Filho (DEM-PE) e o empresário Eduardo Mufarej, do grupo RenovaBR.
Bolsonaro afirmou à imprensa ao longo da campanha e escreveu em seu plano de governo que irá reduzir a quantidade de pastas para 15. Não antecipou, porém, quais serão eliminadas ou incorporadas. Ele sinalizou com a redução de pelo menos metade dos 23 mil cargos comissionados na administração federal.
Transição
Ainda nesta semana, Bolsonaro deve vir a Brasília para dar início à transição de governo. Tudo indica que as reuniões ocorrerão dentro de um ambiente do governo no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Michel Temer (MDB) vai designar uma equipe para cuidar da passagem do bastão, dando acesso a informações da administração pública pra os futuros governantes.
Embora o atual mandatário do país tenha dito que a transição já começa nesta segunda-feira (29/10), a equipe de transição é autorizada a trabalhar a partir do segundo dia útil após o resultado do pleito. As informações sobre o processo de organização das informações é feito até 10 dias após a posse do presidente eleito, em 1º de janeiro de 2019. Uma das normas para a formação desse grupo é que ele contenha até 50 membros, conforme previsto na Constituição Federal.
Por Ian Ferraz e Renan Xavier