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terça-feira 1 de novembro de 2022 às 15:36h

De Biden a Macron, o tom da vingança contra Bolsonaro

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Segundo a coluna de José Casado, Jair Bolsonaro foi dormir derrotado, em silêncio depressivo e conveniente. Acordou ontem já esquecido por alguns dos principais líderes mundiais.

Não se pode afirmar que houve um movimento coordenado entre chancelarias de Washington, Ottawa, Paris, Buenos Aires, Santiago, Madri, Lisboa e Camberra, entre outras. Mais do que saudações protocolares, a rapidez do reconhecimento externo da vitória de Lula foi a mensagem central.

Em 2020, Bolsonaro levou 38 dias para cumprimentar Joe Biden pela vitória sobre Donald Trump. Ecoando o mau perdedor, seguiu dizendo que a eleição americana foi fraudada.

No domingo à noite, Biden levou cerca de 40 minutos para parabenizar Lula pela vitória sobre Bolsonaro. Qualificou a eleição brasileira como “livre, justa e confiável”.

Na sequência, Emmanuel Macron, presidente da França, festejou o “novo capítulo na história do Brasil”. Pedro Sánchez, chefe de governo da Espanha, comemorou a aposta “no progresso e na esperança”. E o líder mexicano Manuel López Obrador celebrou o “bendito povo do Brasil”.

Houve uma avalanche de manifestações públicas e telefonemas privados de governantes estrangeiros a Lula pela “tremenda vitória”, como definiu Anthony Albanese, primeiro-ministro da Austrália. Aconteceu em menos de duas horas depois da proclamação do resultado (às 19h57m) pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Ninguém expressou preocupação com Bolsonaro, se vai ou não reconhecer a derrota nas urnas por 2,1 milhões de votos — 41,9% dos 118 milhões apurados.

Visto como legítimo representante da extrema-direita sul-americana, foi tratado como “rei” posto, página virada numa era de crise da democracia.

Se coordenada ou coincidente, importa pouco.

Nas contas de diplomatas residentes em Brasília, em 46 meses na presidência ele atacou governos de 15 países — de Buenos Aires a Pequim e de Washington à Noruega. Criou atritos com governos de 26% da população do planeta, responsáveis por uma comunidade de 2,1 bilhões de pessoas — além do Vaticano, sede da Igreja Católica.

Na linguagem da diplomacia não existe “revanche”, apenas “esquecimento” nos seus múltiplos muitos tons de vingança.

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