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domingo 22 de outubro de 2023 às 14:22h

Davi Alcolumbre busca apoios do PT ao PL para tentar eleger o irmão em prefeitura

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Em paralelo às articulações para retornar à presidência do Senado em 2025, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) tenta construir segundo a coluna de Bernardo Mello, do O Globo, uma ampla aliança, que vai do PT ao PL, para eleger o irmão, Josiel, à prefeitura de Macapá no ano que vem. A eleição é vista por lideranças locais como uma revanche de 2020, quando o irmão de Alcolumbre foi derrotado no segundo turno pelo atual prefeito, Dr. Furlan (Podemos), em um contexto de desgaste causado ao senador por um apagão no Amapá às vésperas daquele pleito.

Alcolumbre, à época, era aliado próximo do então presidente Jair Bolsonaro (PL), o que o tornou alvo de adversários ao citarem o episódio causado por falhas em linhas de transmissão de energia federais. Embora depois tenha se afastado de Bolsonaro, o senador mantém relação próxima com o deputado federal Vinicius Gurgel (PL-AP), que comanda o partido no estado. Gurgel é um dos integrantes da bancada do PL criticados por bolsonaristas por votarem alinhados ao governo Lula (PT).

O senador também conta com o apoio do PT, cujo presidente do diretório estadual, o ex-deputado Antônio Nogueira, faz parte do seu grupo político. Josiel, atual presidente do conselho do Sebrae no Amapá, avalia que a proximidade com o governo federal é importante para sua candidatura, mas que não considera “vantajoso” nacionalizar a campanha municipal.

— Não podemos disputar eleição majoritária sem um arco de alianças amplo. Os partidos serem base do governo (Lula) não é preponderante, desde que a aliança seja benéfica localmente — afirmou Josiel.

Pressão em aliados

Além da costura em prol do irmão, Alcolumbre tenta atrair o apoio do PL para suceder Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência do Senado. Alcolumbre fez acenos à bancada bolsonarista ao pautar projetos, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), limitando decisões monocráticas do Supremo Tribunal Federal (STF) e definindo um marco temporal para demarcação de terras indígenas — este último, vetado por Lula. Enquanto acelerou pautas que agradam àoposição, o senador demorou a marcar sabatinas de indicados pelo presidente ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

No caso de Macapá, lideranças políticas afirmam que Alcolumbre exerce pressão sobre aliados para evitar defecções. Gurgel, do PL, que havia se aproximado do prefeito Dr. Furlan, teve de recuar de uma aliança formal e entregar cargos sob sua indicação na prefeitura, segundo interlocutores, para seguir alinhado ao senador.

Através do governador Clécio Luís (Solidariedade), seu aliado, Alcolumbre também se aproximou de lideranças de Rede e PSOL, antigos aliados do senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), nomeadas no governo. O objetivo, de acordo com adversários, foi se blindar contra uma eventual pretensão do colega de Congresso.

Furlan, por sua vez, formou aliança com outros partidos da base do Palácio do Planalto, como PSD e MDB, e costurou a entrada do PSB em sua gestão.

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