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sábado 1 de junho de 2024 às 17:34h

Datafolha: Mídia profissional tem confiança maior que redes sociais

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O morador da cidade de São Paulo confia mais na mídia profissional do que nas redes sociais na hora de se informar sobre a eleição municipal deste ano.

É o que revela pesquisa do Datafolha sobre hábitos de consumo de informação dos paulistanos, feita nos dias 27 e 28 de maio com 1.092 eleitores. A margem de erro é de três pontos percentuais, e o levantamento, contratado pela Folha, está registrado no TSE sob o número SP-01845/2024.

Os jornais impressos lideram numericamente esse ranking de confiabilidade, com 49% dos ouvidos relatando confiar na informação por eles publicadas. Já 11% dizem confiar parcialmente e 38% não confiam no que é veiculado.

Na sequência, no mesmo patamar, vêm os programas jornalísticos de rádio (48%, 13% e 36%, respectivamente) e de TV (46%, 15% e 38%).

O X (antigo Twitter) é a rede social mais bem colocada, marcando 31%, 15% e 52%, enquanto as outras citadas ficam em patamar bem mais abaixo, flutuando em torno de 14% de confiabilidade e 70% de desconfiança total.

O WhatsApp, rede campeã de audiência na cidade, com 88% de moradores a utilizando, só é visto como veículo confiável de notícias de política ou eleições por 13%. Outros 14% confiam em parte no que leem e 72%, não confiam.

Este é um cenário que repete o que já foi aferido pelo Datafolha em outras pesquisas nacionais. No Brasil, os disparos em massa associados inicialmente ao bolsonarismo em 2018, eivados de desinformação, viraram tema central do embate entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e as big techs, que controlam o negócio digital.

Um contingente de 40% dos usuários de WhatsApp na cidade de São Paulo costuma se informar sobre política e o pleito municipal na rede social. Outros 27% dizem compartilhar notícias sobre o tema nela.

Outras duas redes sociais também se destacam no fluxo de informação política: o Instagram tem índice de 41% de leitura e 18% de compartilhamento, enquanto o Facebook registra 38% e 18%, respectivamente.

Elas são menos usadas, contudo, do que o WhatsApp na cidade: 68% têm conta no Instagram e 65%, no Facebook. Costumam utilizar o YouTube 60% dos consultados, com índice menor de leitura política dos vídeos da rede (30%) e compartilhamento (10%).

Outras redes são menos usadas, vindo a seguir no ranking o TikTok (33% de usuários), o LinkedIn (28%), o Telegram (26%), o X (17%) e o Kwai (5%). O Threads, nascido para ser o “Twitter do Instagram”, foi citado por menos de 1%.

Todas elas têm baixo índice de aplicação quando o assunto é política —todas abaixo de 13% de índice de leitura e de 6% para compartilhamento de notícias da área.

O Datafolha mostra que 89% dos paulistanos têm redes sociais, índice que vai a praticamente 100% nos segmentos mais jovens, mais instruídos e mais ricos. Entre os mais velhos (60 anos ou mais), ele é de 75%; entre os mais pobres (renda mensal de até 2 salários mínimos), 82%; entre os menos instruídos (quem tem ensino fundamental), 68%.

Oito entre cada dez usuários afirmam buscar informações para checar notícias que consideram suspeitas de serem fake news. O índice de quem não o faz sobe de 20% na amostra como um todo para 30% entre quem tem menos anos de estudo.

Já a checagem prévia ao compartilhamento chega a 83%, segundo os entrevistados, subindo a 90% entre quem tem diploma universitário e 94% no grupo entre 16 e 24 anos.

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