O deputado federal pela Bahia, Elmar Nascimento (DEM) afirmou nesta segunda-feira (5) em entrevista ao Metro1, não ver “densidade” política em uma provável candidatura do ministro João Roma (Cidadania) ao governo do Estado em 2022. Ex-aliado de ACM Neto, pré-candidato ao Palácio de Ondina, Roma vem sendo ventilado como um possível nome de terceira via e aposta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na futura sucessão.
“Sinceramente, eu não enxergo candidatura do João Roma. Eu tenho por ele o maior apreço, mas eu não vejo nele densidade política nem eleitoral pra ser governador da Bahia. Começou agora, pelas mãos de ACM Neto, vai ter que refazer toda a base de apoio dele”, declarou Elmar em entrevista a Rádio Metropole.
“Quase que metade dos votos dele foi em Salvador. Vai ser muito difícil ele repetir isso. Se eu tivesse no lugar dele, estava procurando reconstruir minha base para me eleger deputado federal. Se deixar a soberba subir à cabeça, daqui a pouco ele não se elege nem deputado”, avaliou o parlamentar.
Desde que rompeu com ACM Neto, de quem foi chefe de gabinete no Executivo soteropolitano, Roma tem se movimentado nos bastidores como possível candidato de Bolsonaro para enfrentar o ex-prefeito e Jaques Wagner, aposta do PT para voltar a comandar a Bahia.
Sobre a relação de Bruno Reis com desafetos políticos do padrinho político, dentre eles o próprio Roma e o governador de São Paulo, João Doria (PSD), Elmar Nascimento disse que, embora mantenhal lealdade a ACM Neto, o prefeito atua de forma independente.
“O Bruno é um sujeito extremamente leal, ACM Neto sabe disso. Isso foi uma das características que o fez escolhê-lo. Mas não tem que ser subordinado, não tem chefe. Ele é prefeito da cidade de Salvador e tem que mostrar a que veio, mostrar serviço. Como prefeito, ele tem que manter relações institucionais com o governo federal, com o governo do Estado e com outros atores da política que posam ajudar Salvador”, afirmou.