A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou nesta última quinta-feira (24) de acordo com UOL, que sua pasta libera emendas “sem pedir propina”. O comentário vem após a divulgação de um áudio do ministro da Educação, Milton Ribeiro, que levantou suspeitas de favorecimento e pedidos de propina.
“O movimento LGBT está muito contente conosco, a gente libera as emendas sem pedir propina”, afirmou Damares na transmissão ao vivo semanal de Bolsonaro. Segundo a ministra, a verba é destinada para cursos de capacitação e que facilitam a entrada no mercado de trabalho.
“Aí é todo mundo questionando: tá fazendo a promoção da pauta? Não. Estamos fazendo a proteção da pessoa”, disse.
Bolsonaro, então, respondeu: “São 594 parlamentares, deputados e senadores. Em média, R$ 15 milhões de cada um de emenda por ano. E cabe aos respectivos ministros executar essa emenda”.
Ontem, Ribeiro disse que acionou a CGU (Controladoria-Geral da União) para investigar uma denúncia anônima sobre a solicitação de propina na pasta. Segundo ele, a informação chegou a seu conhecimento em agosto de 2021.
“Quando, em agosto do ano passado, eu ouvi e recebi uma denúncia anônima a respeito da possibilidade de que eles [os pastores Gilmar e Arilton] estariam praticando algum tipo de ação não republicana, imediatamente eu procurei a CGU. E fiz um ofício em que eu noticio ao senhor ministro da CGU que houve esse tipo de indicação”, disse, em entrevista ao programa “Pingos nos Is”, da Jovem Pan.
O pastor Gilmar Santos, citado como parte do suposto gabinete paralelo, negou veemente ter recebido ou contribuído para o recebimento de propina.
O pastor isentou o presidente Bolsonaro de culpa, como Ribeiro também fez. “Gostaria de externar que nenhum pedido fora feito ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República”, afirmou.