Oficialmente, a ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves deixou o governo para disputar um cargo legislativo no Distrito Federal. Na prática, porém, Damares continua mantendo uma agenda política de caráter nacional. E voltada para o segmento evangélico. Na semana passada, ela esteve em Manaus, capital do Amazonas. Na semana que vem, estará em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. E assim ela seguirá fazendo, de forma combinada com o presidente Jair Bolsonaro, até que ele a oriente a parar.
De acordo com interlocutores próximos da ex-ministra, tais viagens são uma missão conferida a ela por Bolsonaro. É tarefa de Damares quebrar a resistência que há contra ele no eleitorado evangélico feminino. E, nesse sentido, segundo as informações, ela ficaria como uma espécie de “plano B”, podendo vir a se tornar a candidata a vice-presidente de Bolsonaro, no lugar do nome que é hoje visto como o favorito, o ministro da Defesa, general Braga Neto.
De acordo com o Congresso em Foco, Bolsonaro deve adiar o anúncio oficial da sua chapa para observar a evolução das pesquisas. Por enquanto, cumpre a Damares tentar quebrar tais resistências junto às mulheres evangélicas. Se ela tiver sucesso nessa tarefa até o final do mês de maio, Bolsonaro segue com seu plano A, de ter ao seu lado Braga Neto. Caso se perceba que há necessidade de maior reforço, Damares entraria na vaga.