Ex-deputado e ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol tentou nesta terça-feira (23), segundo a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, tirar proveito em uma suposta delação premiada envolvendo o caso do assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco (PSol).
Dallagnol foi às redes sociais comentar a delação premiada do ex-PM Ronnie Lessa, na qual ele teria apontado o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ) Domingos Brazão como suposto mandante do crime.
Após a acusação contra Brazão ser revelada pelo site The Intercept Brasil, Dallagnol ressaltou nas redes sociais que Brazão chegou a ser preso pela Lava Jato de 2017, um ano antes da morte de Marielle, mas acabou solto.
“Domingos foi preso pela operação Lava Jato em 2017, mas depois foi solto pela Justiça e reconduzido ao cargo. Marielle foi assassinada em 2018.”, escreveu Deltan no X (antigo Twitter).
Brazão e outros conselheiros do TCE-RJ foram presos em 29 março de 2017 na Operação Quinto do Ouro, um desdobramento da Lava Jato que apurava um esquema de corrupção no tribunal.
Poucos dias depois, entretanto, Brazão acabou solto por decisão do então ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Felix Fischer, aposentado da Corte desde 2022.
Delação está no STJ
Segundo o site The Intercept Brasil, Brazão teria mandado matar Marielle como uma vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual e atual presidente da Embratur.
Por conta da citação ao nome do conselheiro do TCE-RJ a delação de Ronie Lessa foi remetida ao STJ, em razão da prorrogativa de foro de Brazão.