Segundo a revista Veja, a vida de Renato Duque, 64 anos, é só desolação. Preso pela Lava-Jato com uma montanha de propina guardada em casa e em contas no exterior, o ex-diretor de Serviços da Petrobras, que operou o balcão de arrecadação de dinheiro sujo do PT na estatal, passou cinco anos preso em Curitiba.
Começou a jornada atrás das grades falando grosso com os investigadores por apostar que os petistas, amedrontados pelos segredos que ele guardava, poderiam tirá-lo da prisão. Duque esperou pacientemente pelo socorro que não veio. Quando tentou delatar, já desesperado, a Lava-Jato fechou-lhe as portas por considerar que outros já haviam contado as histórias que ele poderia ter revelado.
Duque chorou, fez acordos pontuais, topou entregar segredos de Lula e Dilma Rousseff, incluindo a foto que ilustra a nota, da reunião em que a petista teria pedido para ele ficar na estatal e continuar arrecadando para o partido.
Foram, repita-se, cinco anos de prisão até que, em março, Duque conseguiu deixar a cadeia. Abandonou o cárcere para cair diretamente no isolamento social da pandemia.