Após uma série de conversas e idas e vindas, a direção nacional do PSDB deu o aval para a sigla apoiar o bolsonarista Tarcísio Freitas (Republicanos) contra Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições de São Paulo.
A articulação começou na semana passada, quando o governador Rodrigo Garcia (PSDB) decidiu endossar a candidatura bolsonarista sob o argumento de manter o PT longe do governo paulista. O movimento de Garcia, no entanto, foi na contramão da de lideranças históricas do tucanato, a exemplo do ex-ministro das Relações Exteriores e ex-senador Aloysio Nunes Ferreira e do ex-senador José Aníbal, que declararam apoio a Haddad.
A relutância do PSDB paulista em deixar de se declarar neutro e passar a apoiar o bolsonarismo em São Paulo foi costurada por prefeitos tucanos e teve a participação, pelo lado da campanha de Tarcísio, de Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, e do vice da chapa do ex-ministro de Bolsonaro, Felício Ramuth (PSD). Na segunda-feira, Felício se reuniu com um grupo de prefeitos e, no encontro, obteve sinalização de que o apoio estava próximo de ser anunciado.
A jornalistas, o próprio Tarcísio deu a entender que é provável que o PSDB paulista apoie a sua candidatura. Questionado sobre o apoio de Garcia não ter sido estendido ao do diretório do PSDB em São Paulo, Tarcísio disse:
— Quem disse que o PSDB se recusou a apoiar a minha candidatura? Aguarde as cenas dos próximos capítulos. É igual novela.