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O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu chefe da ajudância de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid - Foto: Adriano Machado/Reuters
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sábado 9 de setembro de 2023 às 19:06h

Cúpula do Exército acredita que delação de Cid ‘encerra capítulos’ de tensão

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A homologação da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), causou sensação de alívio na cúpula do Exército e foi vista como uma forma de encerrar capítulos de tensão.

Conforme antecipado pelo blog do jornalista Gerson Camarotti, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes homologou a delação de Mauro Cid neste sábado (9). Na decisão, o ministro também concedeu liberdade provisória ao militar, que deixou o Batalhão do Exército de Brasília no início da tarde.

De acordo com a cúpula militar, a homologação “encerra um capítulo” que colocava Cid ao lado de crimes ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e, agora, o reposiciona como um colaborador relevante a ponto de conseguir deixar a prisão.

Ao todo, Cid é alvo de oito inquéritos, e, conforme avançavam as investigações no Supremo, o militar da ativa era visto como um sucessivo desgaste institucional. A posição de delator é vista com muito mais alívio do que o papel anterior que Cid vinha ocupando: o de braço-direito de Bolsonaro , disposto a ‘matar no peito’ todas as suspeitas de crimes graves.

A ligação do pai de Cid, um general quatro estrelas, aumentou a apreensão dos militares, que passaram a “torcer” pela delação.

Agora, com as palavras do delator validadas pelo ministro Alexandre de Moraes, a instituição aposta em um distensionamento da imagem da instituição. A ideia é abrir um novo caminho para tratar de problemas que respinguem na imagem de militares. Uma das medidas práticas é o apoio à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos militares, que evita a mistura imprópria entre os militares e a política.

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