Líderes de 11 países da América do Sul aceitaram o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para participar de uma reunião de cúpula regional nesta terça-feira (30), em Brasília.
Esta será a primeira cúpula organizada pelo Brasil no terceiro mandato de Lula, e o governo tem três objetivos, segundo o Itamaraty:
- Reiniciar o diálogo regional, interrompido há vários anos;
- Buscar uma agenda concreta de cooperação em áreas como infraestrutura, saúde e combate ao crime organizado;
- Criar, num prazo mais longo, um novo organismo de integração sul-americano que possa substituir ou reorganizar a União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
As metas parecem factíveis, razoáveis e até desejáveis. Mas, na prática, mediar as enormes divergências ideológicas e políticas entre os líderes da América do Sul será o primeiro grande teste real da política externa do presidente Lula.
Reconstrução de pontes
Até aqui, a diplomacia brasileira conseguiu resultados positivos no seu objetivo inicial de “reconstruir pontes” com os principais parceiros do mundo.
Mas essa primeira etapa era a mais fácil de todas. Afinal, o país ficou praticamente isolado durante os quatro anos de mandato do presidente Jair Bolsonaro, que sempre tentou negar esse isolamento.
Em contraste, Lula se reuniu com mais de 30 chefes de estado e governo e visitou nove países em três continentes em menos de cinco meses no cargo.