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segunda-feira 14 de setembro de 2020 às 15:05h

Cuidado inseguro e de má qualidade causa a morte ou incapacidade de um em cada 10 pacientes, segundo a OMS

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No Dia Mundial da Segurança do Paciente, 17 de setembro, especialista defende a implantação de sistema de gestão de qualidade para criar protocolos rígidos de segurança e adotar as melhores práticas

Um em cada 10 pacientes hospitalizados sofrem danos que podem incapacitá-los ou levar a sua morte. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), essas ocorrências resultam de cuidados inseguros e de má qualidade e pelo menos 50% delas poderiam ser evitadas. O problema não se restringe aos hospitais, mas também ocorre em toda cadeia de assistência à saúde, incluindo a internação domiciliar. No Dia Mundial da Segurança do Paciente deste ano, celebrado na quinta-feira (17) o tema ganhou uma preocupação extra, já que a pandemia da Covid-19 sobrecarregou o sistema de saúde, exigindo cuidados intensivos e prejudicando as estruturas e processos de assistência aos pacientes.

De acordo com a Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidados e Segurança do Paciente (Sobrasp), a pandemia não afetou apenas os pacientes, mas também os trabalhadores de saúde, que ficaram doentes e até mesmo morreram por conta da Covid-19. A entidade defende que essas ocorrências poderiam ser evitadas com medidas como disponibilização de equipamentos de proteção individual (EPIs), treinamentos, ambientes de cuidado e processos de trabalho adequados ao tratamento de pacientes com doenças infectocontagiosas.

A implantação de padrões de excelência de Qualidade nas instituições de saúde também é uma forte aliada nesse processo. Para Simara Espírito Santo, coordenadora da qualidade da S.O.S. Vida, as organizações que já possuíam um sistema de gestão de qualidade consolidado conseguiram se adequar mais rapidamente ao cenário adverso imposto pela pandemia. “O novo Coronavírus trouxe muitas incertezas e imprevisibilidade, no entanto quem já tinha uma cultura de qualidade organizada conseguiu se planejar de forma célere e assertiva. Isso ocorre porque essas instituições já seguiam protocolos mais robustos de segurança e tinha a cultura estabelecida de busca da melhoria contínua. Por isso, a gestão de qualidade teve papel fundamental na reestruturação e controle da pandemia”, explica.

As estratégias montadas pelos Comitês de Qualidade são essenciais para garantir a segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde, além de colaborar com o controle do vírus. Esses processos são mais naturalizados nas organizações que possuem acreditação, já que, para receber esse reconhecimento, a instituição aprimora seus processos, gerenciando os riscos e seguindo um padrão rígido de qualidade. Isso cria a cultura necessária para manter as melhores práticas com uma busca contínua por aprimoramento e maior segurança.

“A acreditação torna os padrões mais robustos, já que estabelece parâmetros e referências que devem ser seguidos pelas organizações na criação dos seus sistemas de gestão de qualidade, garantindo uma assistência de excelência e com segurança para o paciente”, explica Simara. A S.O.S. Vida é uma empresa acreditada pela Joint Commission International (JCI), considerada uma das mais rigorosas instituições certificadoras na área da saúde em todo o mundo.

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