A deputada norte-americana Liz Cheney, uma republicana crítica a Donald Trump que desempenhou um papel proeminente na investigação do Congresso sobre o ataque de 6 de janeiro ao Capitólio, perdeu a primária em Wyoming na terça-feira (16) para uma candidata apoiada por Trump.
Mas a senadora Lisa Murkowski, outra republicana que desafiou o ex-presidente, superou um obstáculo no Alasca. Ela deve enfrentar a desafiante endossada por Trump Kelly Tshibaka nas eleições para o Congresso de 8 de novembro, uma vez que as duas avançaram nas primárias apartidárias daquele Estado.
A derrota de Cheney para Harriet Hageman, apoiada por Trump, marca uma vitória significativa para o ex-presidente em sua campanha para derrubar os republicanos que apoiaram o impeachment dele depois que uma multidão de seus apoiadores invadiu o prédio do Capitólio no ano passado.
Ao admitir a derrota, Cheney disse que não estava disposta a concordar “com a mentira do presidente Trump sobre a eleição de 2020” para vencer uma primária.
“Seria necessário que eu validasse os esforços contínuos dele para desmantelar nosso sistema democrático e atacar os fundamentos de nossa república. Esse era um caminho que eu não podia e não tomaria”, afirmou ela a apoiadores.
Com 99% dos votos apurados em Wyoming, Hageman liderava o campo republicano com 66,3% dos votos, seguida por Cheney com 28,9%, segundo a Edison Research, uma empresa de monitoramento eleitoral.
Os resultados eram menos claros no Alasca.
Com 72% dos votos apurados, Murkowski liderava com 42,7% dos votos, seguida por Tshibaka com 41,4% e a democrata Patricia Chesbro com 6,2%, de acordo com a Edison. O formato das primárias apartidárias naquele Estado elimina todos, exceto os quatro mais bem votados.
Murkowski, moderada que é uma das vozes mais independentes no Senado, ocupa o cargo desde 2003.