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terça-feira 26 de maio de 2020 às 15:41h

Critérios para flexibilização causam divergência entre Doria e Covas

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Depois de cinco horas, a reunião que reuniu o governador João Doria (PSDB), o prefeito Bruno Covas (PSDB), além de integrantes dos comitês de Saúde e Economia, terminou em clima tenso na noite desta segunda-feira (25) no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.

A ideia da prefeitura era na próxima semana começar a chamar representantes de setores e construir protocolos em conjunto para uma liberação gradual a partir da segunda quinzena de junho. Sempre levando em conta o monitoramento diário dos dados.

Mas a maior cidade do país não poderá adotar as medidas para liberação gradual da economia, nesse período, seguindo os critérios do governo do estado.

Os critérios do Comitê de Combate ao Coronavírus do Estado de São Paulo, hoje liderado pelo Dr. Dimas Covas, contemplam 4 pontos: taxa de ocupação de leitos de UTI abaixo de 80%, índice de isolamento em pelo menos 55% (baseado na medição pelo sinal do telefone celular), redução sustentada do número de novos casos por 14 dias e baixa taxa de transmissão da doença.

Os municípios serão identificados por quatro cores que sinalizam o grau do problema (vermelho, laranja, amarelo e verde). Por esses critérios, a capital ainda estaria no pior estágio, o vermelho.

A prefeitura propôs medir a adesão da quarentena – hoje monitorada pelo sinal de telefones celulares – com critérios mais amplos. Observando, por exemplo, índices como viagens usando o bilhete único, acompanhamento de radares, do aplicativo Waze e número de emissão de notas fiscais eletrônicas. Essa forma de medição sinalizaria que, na capital, a taxa de isolamento vem ultrapassando os 60%. Feito que teria levado à queda na transmissão nas últimas três semanas.

O índice de reprodução do vírus (Rt) da cidade, que detecta para quantas pessoas cada infectado transmite a doença, está em 1.1, enquanto o do Estado, incluindo o interior, chega a 1.7.

Nos últimos 45 dias, a prefeitura de São Paulo habilitou cerca de mil leitos de UTI e três mil leitos de enfermaria – número que pode aumentar com a chegada de respiradores.

A prefeitura também argumenta que muitos casos atendidos vêm da Grande São Paulo, de municípios que têm dados preocupantes em relação a casos confirmados.

Muitos pacientes que estavam internados em hospitais de campanha na capital vieram de Diadema, por exemplo, cidade da região metropolitana que tentou afrouxar as medidas em abril e foi impedida pela justiça.

Há também uma preocupação com o crime de desobediência civil caso a quarentena não seja flexibilizada, já que o paulistano enfrenta o isolamento há mais de 60 dias.

Nesta terça-feira (26), mais uma reunião vai acontecer para discutir uma possível mudança de protocolo na capital e fechar as medidas a serem anunciadas na próxima quarta-feira (27).

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