A ordem de prisão preventiva que havia contra a vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, foi revogada pela Justiça, nesta última segunda (23). A informação foi divulgada por um dos advogados da ex-mandatária.
O Tribunal Penal Federal 8 decidiu pela anulação da medida. O caso se refere a um suposto acobertamento de terroristas iranianos, que atacaram uma associação judaica em Buenos Aires, em 1994, deixando 85 mortos. A acusação dizia que o crime teria permanecido impune graças a um pacto entre os governos de Cristina e do Irã.
Fernández
A investigação também levou a depor, em julho, como testemunha, o atual presidente argentino, Alberto Fernández, que assumiu o cargo no dia 10 de dezembro. Apesar da revogação, a vice-presidenta ainda enfrenta pedidos de prisão preventiva em outros casos, nos quais é acusada de corrupção.
Em seu discurso de posse, Fernández ressaltou a necessidade de uma “Justiça independente” e pediu o fim de um sistema judicial que segue os ditames do “poder”, para o qual proporá uma reforma do sistema judicial.